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Os Òrìsà Funfun
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São divindades que tem como rito comum o uso de elementos e oferendas de cor branca ou derivada, e tabus alimentares ou outros, por vezes também semelhantes. Quando não, são também assim chamados por fazerem parte do processo da criação – que são os casos, principalmente, de Odùduwà e Òrúnmìlà.
Imagens sacras de Òbàtálá e Yemowo, sua única esposa, no templo de Ìdèta-Ilé em Ilé-Ifè, no bairro de Itapa, anteriormente era no bairro de Ìdèta.
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Os òrìsà funfun, também são aqueles que vieram com Òbàtálá, seu líder, para àiyé, ou posteriormente, aderiram ao grupo ou a ele. Praticamente são considerados como um clã ou sua “própria família”. Òbàtálá se tornou o mais conhecido e reverenciado de todos os òrìsà, por toda terra dos yorùbá e por extensão em todo o mundo.
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Alguns dos Òrìsà Funfun* :
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Òrìsàála, Òrìsà-nla, Òsàla, ou Òbàtálá : O primeiro òrìsà a ser criado por Olódùmarè.
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Òrìsàteko ou Eteko Oba Dùgbè: Um grande guerreiro associado a Òbàtálá nas longas disputas de liderança com Odùduwà. Como seu principal templo é em Ìjúgbè, é também conhecido por òrìsà Ìjùgbè. Este òrìsà também esta relacionado com a agricultura, dizem que foi o primeiro a cultivar o inhame.
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Òrìsà Akiré : Um guerreiro poderoso e rico e que tinha muitos escravos, tudo oriundo de espólios de suas conquistas. Seus principais templos são em Ìlàré e em Arùbídì. Dizem uns que Òrìsàkiré é um òrìsà da paz, da produtividade e da opulência.
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Òrìsà Aláse ou Olúorogbo : “Aquele que possui o infinito saber”, quem ensinou ao Homem a se comunicar com símbolos e/ou marcas. Dizem que foi ele quem resolveu parte da longa e eterna disputa entre Òbàtálá e Odùduwà.
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Òrìsàjiyán ou Ògiyán : também Ewúléèjìgbò na cidade de Èjìgbò.
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Òrìsàlufan ou Olufan : também Òsàlufan na cidade de Ifan.
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Òrìsà Oko : òrìsà da agricultura. Da cidade de Ìràwò.
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Òrìsà Òkè : òrìsà das colinas e dos montes.
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Òrìsàròwu ou Òrìsà Lòwu : Na cidade de Owu.
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Òrìsà Ajagemo : Na cidade de Ede.
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Òrìsà Olúwofín : Na cidade de Iwofin.
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Òrìsà Pópó : Na cidade de Ògbómòsó.
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Òrìsà Eguin : Na cidade de Owú.
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Òrìsà Jayé : Na cidade de Ijàyé.
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Òrìsàko : Na cidade de Oko.
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Òrìsà Olóbà : Na cidade de Òbá.
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Òrìsà Obaníjìta : …………….
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Òrìsà Alajere : ………………..
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Òrìsà Olójó : …………………..
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Òrìsà Oníkì : ………………….
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Òrìsà Onírinjà : ……………..
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Òrìsà Àrówú : ………………..
* O rito e o culto dos òrìsà funfun, são tão semelhantes ou quase idênticos, que em vários casos é difícil distinguir se trata-se de divindades distintas ou são “qualidades” de Òbàtálá, ou ainda, somente de nomes diferentes do mesmo Òbàtálá. Pode, por estes ou outros inúmeros fatores, que levaram-o a ser o mais conhecido òrìsà do panteão, obviamente, sem se esquecer da sua real importância na gênesis yorùbá.
O Onílù, o tocador de tambor, quando é especialista no tipo ìgbìn, são chamados de Alùgbìn, que é o caso no templo Ìdèta-Ilè de Òbàtálá, em Ilé-Ifè.
O ìgbìn é o nome do tambor de Òbàtálá e do seu ritmo preferido de dança.
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– Anexos –
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